segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Público e Privado

Como será inevitável, achei melhor comentar sobre o reality show Big Brother Brasil 10 através das palavras do jornalista Vitor Angelo, responsável pela coluna GLS da Revista da Folha.

Achei sua argumentação e considerações bastante pertinentes, além de ajudarem-me a enteder o que realmente me incomodava na trinca de participantes gays da casa.


De quebra, no mesmo texto, uma menção à intimidade do estilista Alexandre Herchcovitch, noticiada com pouco destaque na mídia nacional. Leia o texto na íntegra abaixo.

Show da vida real

Tá bafo o "BBB 10", que muitos já chamam de "GLBBBT". Confesso que o nome "coloridos", dado pela produção à turma assumida, me deu um pouco de arrepio. Logo, veio-me à mente o ex-presidente Fernando Collor, bem representado no corpo sarado e na mentalidade de Marcelo Dourado, forte candidato a representante homofóbico da casa.

Os chamados coloridos - Dicesar, a drag Dimmy Kieer; Sérgio, a neogótica-emo Sr. Orgastic; e Angélica - não fazem nem representam a tal "gay família", como são chamadas as "bees" e "lelés" muito comportadas e que tentam se enquadrar na normatividade hétero.

Eles são histriônicos, como muitos de nós. Com barulho, mostram uma de nossas caras, um jeito de ser que deve ser respeitado por mais que incomode gays (homofóbicos) que reprovam tal comportamento.

No outro extremo, foi de maneira discreta que a Folha noticiou, na semana passada, a união homoafetiva do estilista Alexandre Herchcovitch (com o também estilista Fabio Souza - foto acima) em um cartório. Não foi destaque nem manchete. Um parágrafo relatava aquela união da mesma maneira que um jornalismo sério noticia um casamento entre um homem e uma mulher.

Em ambos os casos, seja no barulho do "reality show", seja no silêncio do espaço privado, os homossexuais mostram que são diversos, mas estão todos no mesmo barco quando a palavra é respeito ou a falta dele.

Via Revista da Folha

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