terça-feira, 27 de abril de 2010

Chinatown

Aqui a elegância e a sofisticação estão acima do bem e do mal, vítimas e canalhas andam de braços dados. Jack Nicholson vive o elegante detetive particular Jake Gittes, um ex-policial sedutor e atormentado por um erro do passado.

Contratado por uma
femme fatale para espionar seu marido, o detetive é surpreendido ao final do caso com a visita da verdadeira esposa do investigado, a não menos sexy e fatal Faye Dunaway - aqui no auge da sua beleza - e a partir desse encontro o filme começa a mostrar a complexidade do seu enredo.

A genialidade de
Roman Polanski estava no seu auge, assim como a do afiadíssimo elenco. O detalhe charmoso é o inusitado curativo no nariz que Nicholson exibe durante todo o filme, resultado de ferimento causado por um pequeno criminoso vivido pelo próprio diretor Polanski.

Com nove indicações ao Oscar, charme e sofisticação não faltam nesse filme, que trouxe a glória a todos os envolvidos, inclusive ao público que entendeu suas nuances e o complexo quebra-cabeça da trama.

Situações desesperadoras de cobiça, assassinato e incesto são mostradas com extrema elegância apoiados por uma fotografia esplendorosa que nos envolve na Los Angeles dos anos 30.


Destaque ao legendário diretor
John Huston vivendo um raro momento de ator, num papel pequeno mas definitivo na trama, feito sob medida para ele. E para os cinéfilos, o destaque é a cena final onde Faye Dunway, desesperada, se senta num pub e solicita ao garçom um Tom Collins. Quando ele se vira, ela sussurra: "Com lima, por favor!"

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