Não canso de ver este desfile. Acho um momento antológico no mundo da moda e das artes brasileiras. Tudo é de um bom gosto incrível. Como se não bastasse todas as roupas feitas em papel vegetal, com uma delicadeza extrema e em cima do corpo das modelos.
O final é um momento de grande emoção e devo confessar que sempre que assisto fico extremamente chocado (no bom sentido). Eu imagino a surpresa da platéia do desfile, a emoção de estar lá neste exato momento.
A ruptura de todos os padrões já estabelecidos e a criação de um momento novo para o estilista. Após este desfile, ele desistiu do mundo fashion e se dedica atualmente as mundo das artes plásticas.
Tive o prazer de ver a exposição realizada no MON há alguns anos atrás, onde haviam algumas cópias dos modelos usados no desfile e uma pequena maquete do museu com replicas dos vestidos.
Nesta maquete, ratos podiam comer as peças que também eram feitas em papel vegetal. Tudo isso era filmado e apresentado em telas gigantescas com um delay de alguns minutos.
Ou seja, voce observava a maquete e alguns minutos depois sua imagem estava projetada no telão, gerando uma sensação de deslocamento frente a obra que
também estava sendo destruída. As metáforas cabiam aos observadores.
Jum Nakao, com certeza, marcou seu nome no imaginário de muitas pessoas e é por isso que ele estava olhando para nós alguns posts atrás.
Sempre é bom agradecer pelos momentos de grande emoção e relembrá-los toda vez que for necessário.
Ralf.. boa lembrança, o desfile é ótimo, o Jum é muito bom, depois disso virou professor e palestrante, a história dele tb deve ser comentada, ele era estudante de fotografia que se interessou por moda e foi ser estagiário de alfaiate para aprender como realmente se faz!!
ResponderExcluirUm dos posts mais sensacionais que já vi nesse blog. Inesquecível!
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