domingo, 31 de julho de 2011

Dirt


Dirt revela como o complexo mundo da sujeira que nos rodeia continua sendo um dos últimos tabus dentro da cultura contemporânea.

A nova exposição da Wellcome Collection em Londres direciona nosso olhar para algo que nos cerca diariamente, mas que relutamos em confrontar, e atravessa os séculos e continentes para explorar a nossa relação ambivalente com a sujeira.

Reunindo cerca de 200 artefatos abrangendo artes visuais, fotografia documental, objetos científicos, cinema e literatura, a mostra revela uma história que alterna repulsa e fascínio.

Através das condições de vida e higiene do nosso passado, amplia-se a discussão sobre o papel da sujeira em nossas vidas e aponta-se para um futuro incerto que representa um risco significativo para a nossa saúde, mas que também é vital para a nossa existência.

Segundo a antropóloga Mary Douglas, a sujeira é "a matéria fora do lugar", então a exposição apresenta seis lugares muito diferentes como ponto de partida: uma casa em Delft no século 17; uma rua em Londres na época vitoriana; um hospital em Glasgow, em 1860; um museu em Dresden no início do século 20; uma comunidade em Nova Delhi nos dias atuais e um aterro em Nova Iorque em 2030.

Os destaques incluem pinturas de Pieter de Hooch, os primeiros esboços de bactérias produzidos pelo homem, o mapa da cólera de John Snow e a parafernália científica de Joseph Lister, além de uma ampla gama de arte contemporânea: do tapete de poeira de Igor Eskinja, a janela de sujeira de James Croak, vídeos de Bruce Nauman e Ukeles Mierle, e uma obra feita sob encomenda pela artista Serena Korda.

Mais informações no link acima.

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