segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Outras Palavras


Reproduzo abaixo parte da matéria publicada hoje (13/02) por Antonio Farinaci na seção Entretenimento Música do portal UOL.

O jornalista conseguiu a proeza de expressar suas opiniões (das quais compartilho) a respeito de diferentes questões relacionadas num único texto, como a importância da premiação do Grammy, o falecimento de Whitney Houston e a consagração de Adele.

Para pensar!

"O Grammy é talvez a mais previsível e reacionária premiação da indústria do entretenimento. Ele não premia os artistas melhores ou mais inovadores. Seu foco são aqueles que já têm o reconhecimento do público. E, nesse sentido, é um prêmio também redundante, pois apenas reafirma o sucesso, sem apontar novos caminhos para a música.

Para deixar a situação ainda mais complicada, parecia que o clima de festa da premiação em 2012 iria por água abaixo, com a morte, na véspera, de Whitney Houston, uma das artistas de maior sucesso comercial da história e três vezes vencedora de um Grammy de melhor cantora. Mas quem esperava que a noite fosse engolida por homenagens póstumas, se enganou.

Whitney é uma artista de importância fundamental por fazer a ponte entre as divas soul do passado e as cantoras atuais, mas, a rigor, sua carreira já não existia há mais de dez anos (seu último Grammy é de 2000). Dessa forma, suas homenagens em uma premiação voltada para artistas de sucesso foram mantidas num registro mínimo.

E mesmo o número principal de seu tributo teve uma cara ambígua. Como uma convidada que vai vestida de branco num casamento para ofuscar a noiva, a cantora Jennifer Hudson parecia mais preocupada em se exibir do que em prestar homenagem a Whitney com sua versão de I Will Always Love You.

A premiação sinalizou também um certo cansaço do Grammy com cantoras espetaculosas, tipo Lady Gaga e a nova sensação bufa Nicki Minaj.

Ambas, com múltiplas indicações, voltaram para casa de mãos vazias. Em vez delas, o evento preferiu consagrar Adele, uma cantora de voz excepcional a serviço de um repertório banal."

Leia o texto na íntegra aqui.

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