Gostaria de pensar que é apenas uma paranóia minha, mas um surto de preconceito, conservadorismo e intolerância contra os gays está se intensificando em toda a parte e por todo o mundo.
Pelo menos é a impressão que se tem lendo as últimas notícias, tanto locais quanto internacionais.
A situação na Rússia (foto acima), por exemplo, já passou dos limites do bom senso.
Grupos conservadores obscuros intensificaram sua luta contra a 
homossexualidade, criticando recentemente a cantora pop Madonna bem como um 
rótulo de embalagem de leite (!?) supostamente ofensivo. Os acontecimentos enfatizam 
uma atmosfera crescente de intolerância no país.
A ofensiva grotesca contra a marca de laticínios PepsiCo (acima) faz parte de uma campanha 
conservadora contra gays e lésbicas no país. Na opinião dos 
conservadores, a homossexualidade não é apenas um pecado, mas também um símbolo 
da “ocidentalização” prejudicial.
Recentemente, quando uma rede de roupas esportivas colocou um anúncio na 
internet buscando candidatos para vagas na empresa, um dos cinco 
critérios listados foi ter “orientação tradicional”, o que em russo significa 
ser heterossexual.
As acusações contra Madonna também tem um tom antiocidental. A cantora é uma 
“arma ideológica do Ocidente”, diz o texto da queixa, afirmando que ela estaria cometendo um 
“genocídio moral”.
Os acusadores estão pedindo que a cantora seja obrigada a pagar 333 milhões de rublos, 
cerca de 8,3 milhões de euros, com base numa lei aprovada em São Petersburgo no início do ano pelo partido do 
presidente Vladimir Putin.
A lei que criminaliza os “comportamentos 
públicos que promovam a sodomia, o lesbianismo, a bissexualidade e o 
transgenerismo entre menores de idade” é a mesma que a Igreja Ortodoxa Russa espera estender por todo o país.
A aplicação da lei ainda é pouco clara e o coletivo gay não sabe o que as 
autoridades classificarão como propaganda gay. Num país onde o ativismo LGBT é 
quase inexistente, o mais provável é que qualquer demonstração de afeto entre 
pessoas do mesmo sexo já possa ser enquadrada na nova lei.
A aprovação desta mesma lei levou o 
Ministério das Relações Exteriores canadense a emitir um alerta de viagem para 
gays e lésbicas, alertando-os a evitar demonstrações públicas de afeto em São 
Petersburgo.
Aqui em Curitiba, apesar da vitória nas eleições para prefeito do único candidato que teve a coragem de se comprometer com a comunidade LGBT, a situação não é lá muito diferente.
Recentemente, 15 ativistas LGBT da cidade foram ameaçados de morte nos últimos meses, o que levou a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República a enviar uma missão  especial para investigar o caso.
As ameaças se intensificaram após a Parada da Diversidade de  Curitiba, realizada no final do mês de setembro.
Por meio de email, telefonema  ou redes sociais, os militantes gays, entre eles Márcio Marins, presidente do  Dom da Terra e Toni Reis, presidente da ABGLT – Associação Brasileira de  Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, foram ameaçados de morte.
Os  criminosos conheciam a rotina e a intimidade das vítimas, o que preocupou os  ativistas que registraram boletim de ocorrência e levaram a questão à  Brasília. Todas as ameaças possuíam cunho homofóbico, com perfil de crime de ódio e vinham acompanhadas de requintes de crueldade.
Para as lésbicas ameaçadas, foi incluída a ameaça de estupro corretivo, modalidade de crime em que os estupradores violentam uma mulher lésbica alegando que podem torná-la heterossexual à força.
Será o retorno da caça às bruxas como na Idade Média?
Mais informações: Der Spiegel e Revista Lado A
Para as lésbicas ameaçadas, foi incluída a ameaça de estupro corretivo, modalidade de crime em que os estupradores violentam uma mulher lésbica alegando que podem torná-la heterossexual à força.
Será o retorno da caça às bruxas como na Idade Média?
Mais informações: Der Spiegel e Revista Lado A
 





 
 
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